A vila da Baía-Farta, sede desse importante município agro-piscatório do litoral da província de Benguela, situado cerca de 25 quilómetros da capital conta, finalmente, desde quinta-feira (3) com a entrada em funcionamento de um novo hospital geral, que tem capacidade de internamento de mais de 150 camas (contra as 45 até então disponíveis) e está dotado de capacidade e competências para atender as mais diversas necessidades de assistência médica daquela população.
As obras de construção dessa infraestrutura que ocupa uma área de 48 mil metros quadrados à entrada dessa localidade e que custaram cerca de 600 milhões de Kwanzas, iniciaram em 2011, asseguraram emprego à cerca de 200 trabalhadores nacionais e expatriados, mas sofreram atrasos consecutivos na sua execução em 2015, devido a constrangimentos de ordem financeira decorrentes da crise económica, tendo a conclusão da empreitada contado com a contribuição de vários empresários locais, que financiaram a reposição de equipamentos que haviam sido vandalizados e roubados.
Esta nova unidade hospitalar da Baía-Farta integra, entre outros, serviços de pediatria, estomatologia, ginecologia-obstetrícia, medicina geral, consultórios, laboratórios, salas de partos, emergência, primeiros socorros, cuidados intensivos, radiologia, dois blocos operatórios e uma farmácia.
O hospital, que emprega 150 profissionais e especialistas de Saúde, dos quais 10 médicos, conta também com área de consultas externas, ortopedia, morgue com nove gavetas, posto de transformação de energia eléctrica e sistema de abastecimento de água já ligados à rede pública.
A abertura dessa unidade de referência constitui, para as autoridades sanitárias da região, uma evolução na medida em que, a população da Baía Farta, pela primeira vez, poderá usufruir de serviços de imagiologia, exames complementares de diagnóstico TAC (Tomografia Axial Computorizada), consultas externas com vários gabinetes médicos e valências, que só eram possíveis no Hospital Geral de Benguela, para onde eram transferidos os pacientes e que também agora estará menos congestionado.
Até a inauguração desta nova unidade, o hospital da Baía-Farta funcionava nas instalações do Centro Materno-infantil, o que dificultava o atendimento conveniente dos pacientes face o crescimento da densidade populacional, e das diferentes complicações de saúde pública que são comuns à quase todas as regiões do país.
O acto de inauguração contou com as presenças da ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, do governador provincial, Luís Nunes, do administrador municipal da Baía Farta, José Francisco Ferreira, e de várias outras entidades que percorreram as diversas alas e salas de serviço personalizadas, com decorações que transmitem um certo entrosamento com a natureza e com o ambiente infantil. (RA)
