Verdade ou mentira?Uma especulação do veterano jornalista Ilídio Manuel, em como eu apareceria integrado na lista de candidatos a deputados da UNITA, está a deslindar toda uma mitologia que eu deveria deixar correr para me divertir. É delicioso ler aquelas diatribes, como a de quem me descobriu primeiro-ministro em 1975, todo chateado da vida, porque fora exonerado, quando queria substituir (Agostinho Neto ou dos Santos?) o então PR. Faz-me lembrar um jovem “mpliano” fanático de Luanda, bem diplomado, que em 2018, me ralhava, todo irritado, questionando sobre o porque eu tinha deixado Savimbi tomar conta do Huambo, em 74 e 75. Ignorava – como muitos ignoram, ainda hoje, que o pico do Luvili não é o Monte Moco – que nessa altura eu era um desconhecido aderente do MPLA, com vinte anos de idade, no que hoje é o município do Cuma, no que, formalmente, era ainda o “distrito” do Huambo, na ainda “província” portuguesa de Angola. Fossem os gigantes Neto, Holden e Savimbi saberem da minha existência! Era como, com as devidas proporções, pôr hoje o menino ou a menina de 18 anos do CC do MPLA a “combater” o Adalberto da UNITA, em Luanda. Mas eu não aparecerei em nenhuma lista, para mais estas eleições parlamentares/presidenciais ou presidenciais/parlamentais. Estarei é – e já estou – muito atento, às atitudes dos candidatos, especialmente, à PR, que me garantam que não teremos mais um país de exclusão, o que acontece desde 1975. Não me sensibilizo com os que amarrando-me ao passado, dizem que eu também participei no sistema. É que o sistema constitucionalizado de exclusão já terminou em 1991/92. Desde lá, ninguém de bom senso me pode colar a um passado já enterrado. Bom domingo! Que esteja ensolarado em todas as praias e muxitos. E assim acaba uma polêmica que até parecia muito divertida, mas inútil. Para quem precisa de despender energias em coisas mais úteis
Marcolino Moco (in Facebook)
Marcolino Moco na lista da UNITA
