No rescaldo do dia do pai, o Jornal de Angola do dia 20 de Março, publicou com destaque, a opinião de um aldeão angolano, residente no município de Quipungo, Huíla, (não sou apologista da publicitação de maus exemplos), que assume ter 3 mulheres, com quem tem 28 filhos, e que disse que:
– “O importante é dar boa vida a todas as mulheres e filhos”.
A pergunta que não se quer calar é:
Terá esse aldeão condições para prover com os seus rendimentos, não apenas a alimentação e o vestuário condigno para os seus filhos e respectivas mães, mas também o material escolar, os medicamentos se necessário e, essencialmente, a sua presença em horas em que estão acordados?
Onde entra o FMI
A “melhor” notícia que mereceu o devido destaque, refere que, a Directora Geral adjunta do FMI para a África disse, que “Angola é um bom exemplo de impacto de um programa do FMI”.
Como o trabalho do FMI é empurrar os países onde entra para a miséria, o elogio é bem merecido, porque a maioria da população angolana já está a comer directamente dos caixotes do lixo, algo impensável, mesmo durante os 27 anos de guerra.