“O problema que ainda persiste no seio dos agentes públicos, é o de não conseguirem distinguir partir uma casa e partir um lar.
Uma coisa é partir paredes e rebentar portas e janelas, e outra é desestruturar uma família já vivendo no calor dos seus afectos entre pais, filhos, irmãos com sua vida estabelecida e socialmente activos.
Sempre que depois de anos de ocupação num dado terreno do Estado uma família angolana fosse violentada do modo como o vídeo retrata, os agentes responsáveis pela selvática atrocidade deveriam ser conduzidos à justiça, para responderem pelo crime praticado e as vítimas serem indemnizadas pelos prejuízos materiais e morais causados.
As demolições devem ser realizadas enquanto se levantam as primeiras fiadas de parede, e nunca quando depois de anos ali vividos, se decide destruir selvaticamente um lar constituído e os cidadãos jogados ao relento.
A minha repulsa ao acto e minha solidariedade às famílias violentadas”.
António Venâncio (no Facebook)
Engenheiro Técnico, Especialista em Fiscalização e Mestre em Ciências Técnicas
