Os números não mentem. Em Angola só se atraiu investimento estrangeiro até 2015. Nos anos de 2021 e de 2022, em que exportamos mais de que em 2015, ano em que importamos menos, para além do pagamento do serviço da dívida, onde puseram o troco?
Os pressupostos para a criação de um ambiente propício à atração de investimento privado, são idênticos em todo o mundo e não deve variar seja se pretendermos atrair investidores estrangeiros, ou nacionais.
Os incentivos ao investimento privado nacional ou estrangeiro devem ser iguais, porque o dinheiro que é escasso e a forma de acesso ao mesmo, ou a de acumulação de capital são idênticos.
O sucesso da atração de investimento privado, assenta fundamentalmente nos seguintes factores:
1. Estabilidade política (que não existe);
2. Estabilidade econômica (que não existe);
3. Confiança no sistema judicial (que não existe);
4. Mão de obra com formação média (que não existe);
5. Sistema Fiscal organizado (que não existe);
6. Confiança no sistema bancário (que não existe), por falta de celeridade e taxas de juro muito elevadas ;
7. Desburocratização do Sistema Administrativo (que não existe) e Informação disponível em plataforma informática de instituição do Governo (AIPEX), sobre programas, estratégias; infrestruturas, tabela de preços de terrenos disponíveis, da água, da electricidade, dos combustíveis, entre outros (que não existe).
Também não existe uma liderança política experiente e capaz de exercer o papel para que foi nomeada, que é o de aconselhar através de estudos e pareceres o Chefe do Executivo. Não basta ter uma formação acadêmica, ainda que seja o grau mais elevado, para poder aconselhar o Titular do Poder Executivo sobre se deve ou não aprovar ou assinar o que é proposto indirectamente pelos consultores estrangeiros, que assessoram por sua vez os seus assessores angolanos.
Não se pode compreender, que com tantos quadros angolanos experientes, que operam dentro ou fora do país, sejam militares reformados apressadamente, (dias antes das suas nomeações), a assumir os cargos máximos nos Tribunais Superiores, na Inspeção Geral do Estado, entre outros .
Da mesma forma, não se pode entender que com tantos quadros formados, dentro e fora do país, (a maioria com bolsas de estudo pagas pelos contribuintes angolanos), só os militantes mais subservientes e os seus filhos tenham acesso aos cargos públicos, não apenas de liderança, ainda que não tenham perfil (experiência adequada) para o efeito, ainda que alguns tenham sido alunos de quadro de honra. A experiência forja-se nos estágios e nos primeiros anos de trabalho.
Também não podemos entender, que agora os bancários e banqueiros (acionistas de bancos), sejam “pau para toda a obra”, quando por causa da sua actuação, possivelmente pouco interventiva, ou não interventiva (não pretendendo contrariar), as políticas cambiais adoptadas deixaram os cidadãos angolanos na miséria e na desgraça onde se encontram.
A título de exemplo, perguntarei:
– Qual é a estratégia do novo ministro do Comércio e Indústria, para que a indústria nacional substitua as importações dos bens de primeira necessidade?
Rui Minguêns de Oliveira, segundo o Club K, ajudou a afundar o Banco Valor, de que foi o maior acionista (20%), até a entrada de Álvaro Sobrinho no capital social. Passou pelo Banco Keve e BCGA, antes de ter sido o segundo homem do BNA, onde não acrescentou valor.
– Qual a estratégia da equipa econômica para melhorar o ambiente de negócios, para atrair o investimento privado nacional e estrangeiro e estabilizar a economia?
Os números não mentem. Em Angola só se atraiu investimento estrangeiro até 2015. Nos anos de 2021 e de 2022, em que exportamos mais de que em 2015, ano em que importamos menos, para além do pagamento do serviço da dívida, onde puseram o troco?
Liderança de verdade precisa-se!
Boa abordagem porém, o” mas “que eu tenho, está na discordância de alguns pontos que a Dra. Apresentou aqui.
Conconcordo em grande magnitude com o ponto 7 quanto a desburocratização dos serviços. Eu penso que este faz um grande MAKONGO quando o assunto é investir em Angola. A desburocratização de forma ampla permite a democratização do processo económico.
O meu contra está no facto de afirmar de forma sólida que desde 2015 que o país não atrai investimentos. Isso não bate certo com o que temos vindo a acompanhar.
Temos investidores estrangeiros que vieram depois dos anos que apresentou, falo do sector das telecomunicações, do sector automóvel, sector alimentar(uma média melhoria nos serviços de primeira necessidade), entre outros. Então, afirmar categorimante que não houve investimento estrangeiro desde 2015 é dizer que o país continua IMUTÁVEL NA ECONOMIA.