A CULPA É NOSSA

Da oficina do Paim

O Kwanza perdeu quase 40% do seu valor desde o inicio do ano, principalmente no final do primeiro semestre, segundo nota atribuída ao Banco de Fomento Angola (BFA), que dá igualmente conta, que a moeda nacional tem mostrado sinais de depreciação mais acentuada no mercado paralelo nas últimas semanas, tendo caído cerca de 18% durante o mês de Outubro. E a nota de 100 USD já é transacionada por 115 mil Kwanzas.

Tenham em consideração que, só vamos, ainda, no final do primeiro ano, que contas feitas, é o sexto de um longo calvário que iniciou em 2017 e, pelo que nos dizem, em 2024 terá consequências económicas e sociais mais gravosas. E vai durar até 2027. Com tendência para o agravamento da crise, porque faltam soluções, falta comprometimento, porque Angola foi transformada num banco de ensaio permanente de experiências económicas académicas de novatos tidos à mestres. Decorridos 48 anos de independência, ainda continuamos à procura de quem descobriu a roda.

O que se vive em Angola, é exemplo de que na vida só se atinge o equilíbrio e o sucesso, fazendo bons casamentos. Infelizmente, a aposta, uma vez mais, foi péssima. Casamos com quem em vez de nos ajudar a resolver os nossos problemas, tornou-se a causa deles e aos nossos juntou os seus. Pede a nossa colaboração e contribuição para resolvê-los mas até usurpa, oprime, impede, não considera a nossa liberdade de contribuição.

Por mais que custe, não é difícil perceber que Angola atingiu o nível da falência, carregando um serviço de divida que consome mais de 60% do seu PIB. E continuam a endividar-nos…

Ramiro Aleixo

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

PROCURAR