Angola ocupa o último lugar no Índice Global de Inovação (IGI) deste ano, onde constam um total de 132 países, lamentou, esta sexta-feira, (8) em Luanda, a ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Sambo.
Ao falar durante o IV Conselho do referido Ministério, a governante disse que, apesar dessa classificação, no conjunto de Estados da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), o ecossistema de inovação de Angola, Malawi e Moçambique foram classificados como viáveis pela UNESCO.
Para sair da última posição do IGI, a ministra defendeu mais investimentos para a investigação científica nos diferentes ramos do saber, com destaque para a educação geral, mas relevando a educação terciária e o ensino superior.
Maria do Rosário Sambo avançou que as fraquezas que originaram o aparecimento de Angola na última posição são originárias, além do pouco investimento na investigação, no baixo nível de desenvolvimento do capital humano.
Na visão da governante, se o país quiser destacar-se entre os Estados da região Austral ou do continente, as suas universidades devem procurar alinhar-se aos padrões internacionais, mesmo que os adequem à realidade angolana.
“Na fase actual, houve apoio financeiro para a realização do projecto de investigação científica. Agora, a responsabilidade é dos investigadores que têm o suporte para fazer com que os projectos resultem em elementos que constituem conhecimentos para maior criatividade nas empresas nacionais”, disse a ministra Maria do Rosário Sambo.
No domínio empreendedorismo e inovação, disse que o ministério tem trabalhado com o Reino dos Países Baixos, no sentido de criar bases para a introdução dessas disciplinas no currículo dos cursos de graduação.
“A educação para o Empreendedorismo vai ajudar os alunos a pensar fora da caixa, a cultivar talentos e habilidades não convencionais, a gerar ideias que, de forma genética, podem resultar em novos produtos, processos ou negócios” disse.
Ao considerar a investigação e o desenvolvimento como pilares fundamentais para a inovação, referiu que “a fraca percentagem do PIB em gastos com a ciência no país é uma fraqueza que temos de superar com a operacionalização da Fundação de Desenvolvimento Científico Tecnológico (FUNECIT), criado recentemente”.