Iniciadas em 2012 e interrompidas em 2016 com um custo estimado em 1.3 biliões de USD, as obras de construção do TOBD, que tem a Sonangol como único promotor do projecto, foram reiniciadas em 2019/20 com uma previsão de custos de 749 milhões de USD, e concluídas em Fevereiro, com um custo final de 719 925 356 milhões de USD.
A Sonangol, por via da sua Direcção de Comunicação, Marca e Responsabilidade Social, tornou pública hoje uma nota de esclarecimento, em que dá conta que, “no exercício da sua missão enquanto empresa pública estratégica do sector petrolífero angolano”, são infundadas as declarações feitas recentemente por Antônio Vieira, ex-director da Cobalt Angola em entrevista à Rádio Essencial, relativas à suposta sobrefaturação na construção do Terminal Oceânico da Barra do Dande (TOBD) e o alegado registo da sua propriedade a favor de uma entidade privada, a Enagol.
Convindo repor a verdade uma vez que, de acordo com a nota de esclarecimento, não correspondem à verdade dos factos e prejudicam a imagem e reputação da empresa, a petrolífera nacional esclarece que o “TOBD é um activo estratégico de propriedade exclusiva da Sonangol, não tendo sido transferido, cedido, registado ou concessionado a qualquer entidade privada, incluindo a Enagol”. O terminal, prossegue a nota, “foi concebido para reforçar a capacidade de armazenamento e distribuição de produtos refinados no país, mantendo-se sob total controlo da Sonangol”.
Conforme a nota, a “construção do TOBD seguiu rigorosos processos de auditoria e fiscalização, assegurando a conformidade com os mais elevados padrões de transparência e de boa governação corporativa”, pelo que, consideram que “as alegações de sobrefaturação são infundadas e difamatórias”.
A Sonangol considera que “a disseminação de informações falsas e caluniosas causa danos reputacionais à empresa e ao sector petrolífero angolano como um todo, comprometendo a confiança dos parceiros e investidores nacionais e internacionais”.
Assim, “a Sonangol tomou as providências legais, intentando uma queixa-crime por calúnia, difamação e danos reputacionais contra Antônio Vieira”, reafirmando “o seu compromisso com a transparência, a boa governação e a correcta gestão dos seus activos, garantindo que todas as operações e projectos da empresa sigam as melhores práticas internacionais e beneficiem o país”.
Recordamos que, inaugurado a 10 de Fevereiro pelo Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, o TOBD foi considerado por Sebastião Gaspar Martins, Presidente do Conselho de Administração,como “um Projecto desafiante e de extrema complexidade técnica que irá prover o país com uma capacidade de armazenamento adicional de 582.000 m3, repartidos em 320.000 m3 de gasóleo, 160.000 m3 de gasolina e 102.000 m3 de LPG, reunindo as condições para assegurar as Reservas Estratégicas e de Segurança Nacional”.
De acordo com outras referências técnicas, o TOBD vai optimizar, operacional e financeiramente, a logística de distribuição de combustiveis à nivel nacional, bem como promover o país como um hub regional de armazenamento e distribuição de combustiveis, em sinergia com outros projectos do sector.

Iniciadas em 2012 e interrompidas em 2016 com um custo estimado em 1.3 biliões de USD, as obras de construção do TOBD, que tem a Sonangol como único promotor do projecto, foram reiniciadas em 2019/20 com uma previsão de custos de 749 milhões de USD, e concluídas em Fevereiro, com um custo final de 719 925 356 milhões de USD.