O presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, inaugurou na manhã de hoje (30) a primeira fase do “Complexo Hospitalar de Doenças Cardio-Pulmonares Cardeal Dom Alexandre de Nascimento”, localizado em Luanda, no município do Kilamba Kiaxi, construído no quadro de um projecto de reabilitação e expansão do antigo Hospital Sanatório de Luanda, que até 2017 apresentava um estado de profunda degradação era “considerado como que o corredor da morte”.
Esta nova unidade de referência que antes atendia exclusivamente doentes com casos de tuberculose, tem agora, depois de um investimento que custou ao Estado cerca de 200 milhões de dólares, capacidade de internamento de 300 camas, e pode atender outras patologias no serviço de ambulatório, que passa a integrar um departamento de acidentes e emergências, área de fisioterapia e um centro de diagnóstico não invasivo, apesar de continuar a ter como vocação, o diagnóstico e tratamento de doenças respiratórias, principalmente da tuberculose.
De acordo com fonte do Governo angolano, O Complexo Hospitalar de Doenças Cardio-Pulmonar Cardeal Dom Alexandre de Nascimento reserva ainda quatro salas de operações e duas de procedimentos de broncoscopia, salas de tomografia axial computadorizada (TAC), de ressonância magnética, rádio fluoroscopia, raio-X, um laboratório principal, e laboratórios de cateterismo e relaxamento volumétrico, salas especializadas para operação cardiopulmonar, de angiografia e de medicina nuclear.
Um serviço de esterilização, uma farmácia e uma morgue fazem igualmente parte do complexo hospitalar, que contará com 2106 profissionais de saúde dos quais 298 funcionários de apoio. Estes profissionais vão cuidar também de pacientes adultos e crianças com tuberculose multirresistente, alguns dos quais seropositivos. Haverá também enfermarias para pacientes cirúrgicos infectados e não infectados, bem como camas para tratamento intensivo.
Para capacitação dos seus quadros, o complexo hospitalar dispõe de um centro de formação equipado com salas de simulações de unidade de cuidados intensivos, de bloco operatório e de múltiplas funções, de Ressuscitação e de simulação de observação, além de uma sala de estudos de casos e um auditório para formação profissional.
A unidade hospitalar inaugurada dispõe ainda de um sistema próprio para produção de oxigénio, serviços de refrigeração, de energia alternativa, e um parque com área de estacionamento para cerca de 450 veículos e um moderno e jardins.
Antes das obras de reabilitação e expansão, o Hospital Sanatório de Luanda, construído 1972, encontrava- se num estado avançado de degradação e com condições precárias de atendimento ao público.
Em Dezembro de 2017, o Presidente da República, João Lourenço, visitou essa unidade hospitalar, e orientou, depois do que viu, a reabilitação imediata e sua expansão, para melhor atender os pacientes.
O Hospital Sanatório de Luanda foi a primeira unidade sanitária visitada por João Lourenço, após a tomada de posse como Presidente da República.
As obras de reabilitação e expansão do Hospital Sanatório de Luanda arrancaram em Março de 2018 adjudicadas à empresa Omatapalo, empregando 1.678 trabalhadores, 1.594 angolanos e 84 estrangeiros. Nessa altura, os doentes que se encontravam internados foram acomodados em instalações provisórias, construídas para o efeito.
O Complexo Hospitalar de Doenças Cardio-Pulmonar Cardial Dom Alexandre de Nascimento, ocupa uma área construída de mais de 36 mil metros quadrados.
Biografia do Cardeal Dom Alexandre do Nascimento
Um dos fundadores da Caritas de Angola, o Cardeal Dom Alexandre do Nascimento estudou no Seminário de Bângalas, depois no Seminário de Malanje e posteriormente no Seminário de Luanda. Em 1948, foi enviado para estudar na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, onde obteve o bacharelado em Filosofia e a licenciatura em teologia. Assim, foi ordenado padre em 20 de Dezembro de 1952 e logo depois, tornou-se professor de Teologia Dogmática no Seminário Maior de Luanda e redator-chefe do jornal católico “O Apostolado”, entre os anos de 1953 e 1956.
Por nomeação de Dom Moisés Alves de Pinho, exerceu a função de pregador da Sé Catedral, de 1956 a 1961, ano em que começou a Guerra Civil Angolana e a autoridade política portuguesa forçou-o a fixar residência em Lisboa de onde voltaria dez anos depois, e onde estudou direito civil na Universidade de Lisboa.
Em 10 de Agosto de 1975, foi nomeado bispo de Malanje, sendo ordenado em 31 de Agosto de 1975, e em 3 de Fevereiro de 1977, foi promovido a Arcebispo Metropolitano de Lubango, sendo também administrador apostólico ad nutum Sancta Sedis da Diocese de Ondijiva.
Em 15 de Outubro de 1982, durante uma visita pastoral, foi sequestrado por militantes da UNITA. O Papa João Paulo II apelou pela sua liberdade durante o Angelus do domingo dia 31 de Outubro e foi libertado no dia 16 de Novembro seguinte.
Em 5 de Janeiro de 1983, foi anunciada a sua nomeação como cardeal pelo Papa João Paulo II, no Consistório de 2 de Fevereiro, em que recebeu o barrete vermelho e o título de cardeal-presbítero de São Marcos em Agro Laurentino.
Foi transferido para a Arquidiocese de Luanda em 16 de Fevereiro de 1986, renunciando ao governo pastoral da arquidiocese em 23 de Janeiro de 2001. Perdeu o direito de participar dos conclaves aos 80 anos, completados em 1 de Março de 2005.
Foi, também, presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé, entre 1990 e 1997.
Em 5 de Junho de 2015 ingressou na Ordem dos Pregadores.
In Wikipédia
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