Polícia Nacional continua a deter jornalistas no exercício das suas funções cobrindo manifestações

O Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA) exigiu hoje que a Polícia Nacional explique o comportamento dos seus efectivos que procedem à detenções sucessivas de jornalistas no exercício das suas funções.

Num comunicado tornado público assinado pelo seu secretário-geral, Teixeira Cândido, o SJA dá conta que, tal como aconteceu em “Agosto, os jornalistas da Voz da América e da Rádio Eclésia (Coque Mukuta e Cristovão Luemba) viram-se retidos e impedidos de realizar as suas actividades, este sábado foi o jornalista e correspondente da Voz da Alemanha, Borralho Ndomba, que se viu obrigado a interromper a transmissão que fazia da manifestação de estudantes, e levado para a esquadra debaixo dos assentos do automóvel policial”, tal como se faz com marginais.

Por esse facto, o SJA “condena de forma veemente o abuso de autoridade dos efectivos da Polícia Nacional, presentes no Cemitério da Santana”. E do mesmo modo, questiona se “os jornalistas precisam de autorização, à luz da Constituição da República e da Lei de Imprensa, para cobrir quaisquer manifestações”.

O SJA considera ainda que “as sucessivas detenções de jornalistas, por efectivos da Polícia Nacional, sem que haja da parte dos seus responsáveis quaisquer acções públicas de demarcação, legitima a impressão do Sindicato de existir ordens expressas para obstruir o exercício dos jornalistas”.

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

PROCURAR