Breve histórico sobre o surgimento do Dia de África
“(…) No meu Sonho Africano, há um novo amanhã, o meu Sonho Africano é um sonho que podemos seguir. E embora pareça que a minha esperança é uma ilusão, o meu Sonho Africano é o fim da confusão (…)”.
My African Dream, por Vicky Sampson
Assinala-se hoje o Dia da África, uma data que tem como ponto de partida o 15 de Abril de 1958, quando por iniciativa do então primeiro-ministro do Ghana, Kwame Nkrumah, realizou-se em Accra, o 1º Congresso dos Estados Africanos Independentes.
O Congresso apelou para a instituição de um Dia Africano da Liberdade, uma data que “…marcasse a cada ano, o progresso do movimento de libertação, e que simbolizasse a determinação dos povos de África, para libertar-se do domínio e exploração estrangeiros.”1
Neste Congresso criaram-se as bases para os posteriores encontros de chefes de estado e de governo africanos, no então Grupo de Casablanca e Grupo de Monróvia, até à formação da OUA em 1963.
Enquanto prosseguia a luta pela independência de grande parte do continente, ainda sob domínio colonial, alguns chefes de Estado africanos e representantes de movimentos de libertação reuniram-se em Addis Abeba, na Etiópia, para formar uma frente unida na luta pela independência total do continente. A reunião produziu a carta que criaria a primeira instituição continental pós-independência de África.
A Organização de Unidade Africana (OUA), que preconizava uma África unida, livre e responsável pelo seu próprio destino, foi estabelecida a 25 de Maio de 1963, também declarado o Dia da África.
Em 2002, a OUA foi substituída pela União Africana, que reafirmou os objectivos de “uma África integrada, próspera e pacífica, impulsionada pelos seus cidadãos e representando uma força dinâmica na cena mundial”.
A luta, agora, é pelo alcance das 7 Aspirações da Agenda 2063, a África que queremos!
1 African Liberation Day, PAMBAZUKA NEWS
Cesaltina Abreu