Mais um embuste político-mediático da tragicomédia do continuísmo autoritário

“A questão dos ditos condecorados, que num ápice, pelo menos nas redes sociais e noutras esferas do espaço público, domina as atenções do interface cidadão, demonstra a um tempo, com as devidas excepções, as fragilidades do nosso espectro político social, numa palavra, a falta de massa crítica. Seja qual for a perspectiva em que o episódio esteja a ser a analisado. Não sendo uma operação nova de maquiagem do regime, acossado por graves dissensões internas no campo da situação, remete-nos para a estratégia de tentar seduzir gregos e troianos, espalhando o mal pelas aldeias, para no final da tragicomédia o partido da situação, MPLA, enquanto único governo no pós-independência, sair incólume, das responsabilidades histórico-políticas, do exercício do poder ditatorial. Torturadores e assassinos de cidadãos indefesos e vítimas da ditadura, não devem, em nenhuma circunstância, ser confundidos com outras pessoas. O respeito a dignidade humana, aos direitos humanos, a democracia, deveria concordar com algumas mentes obtusas a uma certa contenção. Nesses embustes político-mediáticos, estão incluídos os actos preparatórios do terceiro acto/mandato da tragicomédia do continuísmo autoritário em Angola”.

Mário Paiva, jornalista, no Facebook, sobre as condecorações do Presidente da República conhecidas ontem

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