A Sonangol conquistou o título de empresa mais robusta financeiramente no sector público, distinção atribuída pelo Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE) num evento decorrido no dia 16 de Setembro de 2025 (terça-feira), em Luanda, como resultado de uma avaliação agregada a que se submeteram 87 empresas no exercício de 2024.
O Encontro Anual do Sector Empresarial Público (E-SEP 2025), que distinguiu igualmente a Unitel e a ENNA, realizou-se sob o lema “Caminhos para a Sustentabilidade, Racionalização, Reestruturação ou Privatização” e reuniu gestores públicos, decisores, especialistas e parceiros institucionais para a apresentação de resultadostendo sido considerado como um espaço de diálogo que serviu para partilha de boas práticas e reflexão estratégica sobre o futuro das empresas públicas em Angola.
O acto, presidido pelo ministro de Estado José de Lima Massano, caracterizou-se não apenas como um momento de balanço e prestação de contas, mas também de valorização das conquistas alcançadas e mobilização para os desafios futuros.
Aquele governante que responde pela Coordenação Económica, destacou a importância estratégica das empresas públicas em países em desenvolvimento como Angola, porque asseguram o acesso a serviços essenciais, como energia, água, transportes, informação e comunicações, bem como permitem ao Estado intervir em áreas críticas, corrigir falhas de mercado, fomentar a industrialização, apoiar a inovação e gerar empregos qualificados.
Contudo, reconheceu a existência de desafios, nomeadamente a necessidade de maior eficiência, transparência, boa governação, sustentabilidade e a redução da dependência financeira do Estado.
“É precisamente nesses desafios que reside a oportunidade de transformação”, disse o governante, ao defender a profissionalização da gestão, a adopção de práticas sustentáveis e a valorização do capital humano como caminhos para reforçar a legitimidade e o impacto das empresas públicas na sociedade.
Neste sentido, acrescentou, o Executivo está a implementar um amplo programa de reformas económicas que procuram optimizar o papel das empresas públicas na economia. E a medida inclui a discussão de uma nova proposta de lei para regular o sector empresarial público, assente nos pilares da governança e prestação de contas, eficiência e sustentabilidade, integração com o sector privado e foco no desenvolvimento nacional.
José de Lima Massano assegurou, que as reformas visam reforçar os mecanismos de controlo e adoptar práticas modernas de gestão, em harmonia com os melhores padrões internacionais, sendo a transparência uma condição indispensável para credibilidade e confiança.
De igual modo, referiu que o Executivo deseja garantir que cada empresa pública opere de forma equilibrada, com planos de médio e longo prazos que reduzam desperdícios e assegurem a sua viabilidade financeira, criando valor para a sociedade.
“O sector público empresarial e o sector privado não devem ser vistos como concorrentes antagónicos, mas como parceiros estratégicos, para dinamizar cadeias de valor, acelerar a industrialização e promover a diversificação económica”, acrescentou o governante.
As reformas em curso preveem ainda a integração de empresas estatais no mercado de capitais, a privatização de activos não essenciais e a extinção de sociedades inviáveis, numa estratégia que visa aumentar a eficiência, reduzir custos para o Estado e garantir maior competitividade, segundo o ministro de Estado. E deixou claro que “a reforma e a modernização do sector público empresarial exige coragem política, visão de futuro e disciplina na gestão”.
Ao intervir também, a ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, relembrou sobretudo o contributo decisivo do Sector Empresarial Público ao longo dos 50 anos de independência na criação de emprego, fornecimento de bens e serviços essenciais e apoio ao desenvolvimento nacional.
Recordamos que, as empresas selecionadas receberam, além do troféu, o “Selo de Excelência do Sector Empresarial Público”, um símbolo de qualidade e de boas práticas no exercício da gestão











