A UCRÂNIA RETALHADA PARA AMERICANOS E INGLESES

Anda tudo à volta dos recursos e nada tem a ver com liberdade e democracia. “Descarrego” de Donald Trump sobre Zelensky, foi para “entalar” os ingleses. A Grã-Bretanha está numa situação económica desesperada e precisa dos recursos ucranianos. A agressão da Rússia, pode ter facilitado o negócio.

Chefes de Estado e de vários governos reuniram hoje em Londes para procurar uma saída para a crise diplomática resultante da desavença entre o presidenre ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o seu homólogo norte-americano, Donald Trump. Mas, o que terá justificado esse encontro de Zelensky, depois das visitas primeiro do presidente francês, Emmanuel Macron, e do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, à Casa Branca na semana passada, para discutir um plano comum para a segurança europeia e a guerra na Ucrânia, depois do encontro entre delegações dos EUA e da Federação Russa na Arábia Saudita? E porque razão, Donald Trump se irritou com Zelensky, acusando-o de falta de gratidão? E o que justificou a viagem acelerada de Zelensky para Londres logo de seguida, onde foi recebido como herói, antecedendo qualquer concertação com o Conselho Europeu, que apenas quinta-feira reunirá em sessão especial?

As questões aqui colocadas, podem encontrar resposta numa publicação de sábado (1 de Março) do  major-general português, Raul Luis Cunha no Facebooc, baseada e adaptada da tradução de uma fonte da Croácia, que escalpeliza os interesses e as negociatas em torno de uma guerra que ainda não terminou, mas que se pode considerar já como um grande negócio reclamado afinal não só por Donald Trump, mas também partilhado pelo Reino Unido, para lá da França. E Zelensky, entalado, prometeu a todos a partilha dos recursos do seu país, quando já não tem suporte institucional para o fazer. E qual será a saída para a Ucrânia e para o negociante que recebeu apoio de todos, mas sabia que teria um alto custo?

A maka, segue dentro de momento… atente-se ao ‘post’ do major-general Raul Luís Cunha:

“Talvez já tenham ouvido falar, e talvez até já saibam, mas há algo que constituiu uma novidade para mim e que eu tenho que compartilhar convosco.

Assim, quando Zelenski esteve nos EUA, no final de Setembro, e se encontrou com Trump (antes das eleições americanas), quis fazer um acordo com ele sobre mais ajuda à Ucrânia e ofereceu-lhe então os recursos ucranianos como compensação.

Quando os ingleses souberam disso, apressaram-se a passar à frente de Trump, porque ele ainda não era o presidente, e não conseguia decidir nada. Assim, o primeiro-ministro inglês, Keir Starmer, assinou um acordo de parceria de 100 anos com a Ucrânia em 16 de Janeiro, em Kiev. Reparem que isso aconteceu 4 dias antes da posse de Trump.

De acordo com esse tratado, após a cessação das hostilidades na Ucrânia (e o regresso dos territórios perdidos), a Grã-Bretanha assumirá o controlo de todos os portos ucranianos, todos os depósitos de gás natural, instalações de armazenamento e oleodutos, depósitos de urânio e todos os outros recursos. Afinal, é tudo à volta de recursos e nada tem a ver com liberdade e democracia.

Só que, há um problema em tudo isso. Zelensky não é o presidente da Ucrânia e a sua assinatura nesse contrato é tão válida como a minha, se eu o tivesse assinado. Sim, eu sei que agora algumas pessoas vão começar a duvidar disso, mas a constituição ucraniana é clara – o mandato presidencial dura 5 anos e não pode ser prorrogado por qualquer motivo, nem mesmo por um só dia.

E o que aconteceu a seguir? O “estúpido” Trump está agora a conversar com Zelensky mesmo sabendo que ele não é legítimo – porquê? Porque quer “entalar” os ingleses. A Grã-Bretanha está numa situação económica desesperada e precisa dos recursos ucranianos. Nem sequer vale a pena mencionar os “poodles” europeus que seguem os seus donos britânicos, porque não passam de cãezinhos bem treinados. 

Por outro lado, Trump está a falar a sério com Putin sobre a mútua cooperação, desde o levantamento de todas as sanções até ao intercâmbio comercial que será baseado num modelo de mercado, e não explorador como o fariam os britânicos.

Provavelmente repararam que a Ucrânia não foi muito discutida na reunião bilacteral entre as delegações americana e russa na Arábia Saudita. 

Só mesmo um pouquinho nas conversas, e porquê? porque é uma história acabada. 

Aqueles que ainda afirmam que “Putin atacou a Ucrânia” por causa do seu desejo de conquista e para se apoderar dos seus recursos, são ridículos. 

O facto de não saberem que a Rússia é o maior país do mundo e, como tal, o mais rico em recursos, e que o território ucraniano é somente uma pequenina parte, revela uma severa deficiência na sua educação, informação e inteligência. Não podemos deixar de os desconsiderar. 

E finalmente, uma conclusão: A Grã-Bretanha está condenada. A Europa está a seguir esse exemplo e assim estamos no abismo da civilização pois, desde o final da 2ª Guerra Mundial há cerca de 80 anos atrás, continuamos às cabeçadas uns aos outros aqui na Europa e mesmo no interior dos nossos próprios países. Quando descobrirmos que estamos mesmo em apuros, provavelmente vamos atribuir a culpa ao Putin, a Trump ou a quem quer que esteja no poder, como é o nosso hábito. Por uma vez, que seja o momento de os europeus perceberem que a “pérfida Albion” só prospera quando pirateia e rouba os recursos alheios e que, finalmente, juntamente com o seu agente Zelensky, tem os seus dias contados”.

Publicação do Major-general, Raul Luis Cunha no Facebooc
(Baseado e adaptado da tradução de um “post” no FB de uma fonte croata).

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