O ANO ESTÁ A TERMINAR, NÃO PAGA SALÁRIOS E AGRIDE FUNCIONÁRIOS
No quadro do que têm sido as nossas denúncias sobre as irregularidades e atropelos à Lei e procedimentos observados na construção do Centro de Conferências da Chicala por Sílvio Madaleno e pelo dono da obra, a Presidência da República, que já consumiu cerca dos 600 milhões de USD, fontes identificadas solicitaram a nossa intervenção para dar conta que a entidade empreiteira, a Alfermetal, uma vez mais, não cumpre com as suas obrigações de pagamento dos salários. O ano termina dentro de alguns dias, e os trabalhadores não recebem os salários nem qualquer justificação, uma prática recorrente, porque há registos de atrasos anteriores de até quatro meses que já levaram à paralisação. E como quem tem “as costas largas”, Sílvio Madaleno responde aos reclamantes que “podem ir queixar-se onde quiserem, que não var dai nada”.
Por via de mensagens, questionamos Sílvio Madaleno que, uma vez mais, escudou-se no silêncio. Mas depois, como tem feito, paga trambiqueiros para escrever que está a ser perseguido, e que se trata de calúnias para denegrir o seu nome, porque é um empresário bem-sucedido.
As nossas fontes asseguram que a sua direcção de recursos humanos, composta por cidadãos nacionais e brasileiros, elaborou, em tempo, as folhas de salários, mas, o processo uma vez mais ‘encravou’ no patrão, Sílvio Madaleno. E não entendendo as razões, face à pressão dos trabalhadores, solicitaram dele os devidos esclarecimentos, a que Sílvio Madaleno respondeu, como é seu hábito, com agressões verbais e ameaças físicas, o que os levou a autodemissão de quase todos.
A nossa fonte dá conta ainda, que a situação ter-se-á agravado com a entrada no perímetro da obra de outras empresas como a Mota Engil e Omatapalo. Contratadas pelo dono da obra, mais bem estruturadas, equipadas com recursos humanos mais competentes e meios técnicos, impõem uma dinâmica superior à da Alfermetal, de Sílvio Madaleno que ao longo deste ano, se tem arrastando numa sequência de incumprimentos. Essa postura levou a Presidência da República a gastos suplementares, para cobrir a falta do Centro de Conferências da Chicala que deveria albergar os diferentes eventos internacionais que, aliás, tiveram como base a sua construção. Segundo a nossa fonte, “do bar aberto da Presidência” já não sai nada, e de acordo com pessoas próximas a Sílvio Madaleno, como se já não fosse demasiada carga, quer ele, quer o filho, têm contas bloqueadas por intervenção da Interpol. Essa foi, no entanto, a única pergunta que desmentiu, quando o contactamos.
Por outro lado, Sílvio Madaleno, conhecido também por não se importar com regras de protecção, de higiene, da saúde, da alimentação e de condições de trabalho dos seus trabalhadores, segundo apuramos, tem uma dívida extremamente alta com a Segurança Social, sobretudo no caso dos que têm vínculo contratual com a Securitas. Para além de outras que se acumulam com o Banco Económico, mas também por fuga ao pagamento de impostos, resultantes da importação e venda de embarcações de luxo a figuras do poder, resultado de um ‘quilape’ amarrado no BESA, facilitado pelo irmão, Álvaro Sobrinho.
Razões suficientes para não ter crédito merecido para efectuar negócios com instituições do Estado, sobretudo com a Presidência da República.
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