A relação que Washington privilegia não é com o poder angolano que tem atrás de si um partido como o MPLA, mas sim com o potencial que pode ser explorado em favor dos EUA. E esses compromissos assumidos, a partir de agora, são para ser cumpridos sob pena de se pagar um preço extremamente elevado.
Uma kitata instalada no Residencial do nosso Bairro Alto, travestida no pseudónimo de NIURA LOPES (está na cara que não é nenhuma senhora), decidiu tratar-me como ignorante, em relação ao conhecimento que tenho do conteúdo da CRA.
Tudo bem! Mesmo sendo kitata, também tem o direito constitucional de expressar a sua opinião e o seu pensamento (nos órgãos de comunicação social públicos ou nas redes sociais). Pena é que, essa mesma kitata instalada no Residencial do nosso Bairro Alto, não reconhece que também eu tenho os mesmos direitos e, vai daí, até utiliza rótulos ofensivos.
Mas, enfim… também isso já não constitui novidade pelo menos para mim. Para essa e outras kitatas instaladas no Residencial do nosso Bairro Alto, como a tal de NIURA LOPES, o Presidente JLO é o ‘nosso Deus’. Tudo o que ele está a fazer em prol de Angola está bem! Afinal, até a “fome é relativa”… e vemos que não é, que ela existe mesmo e que Angola está de tangas, com uma inflação que, desde que assumiu o poder, já reduziu o poder de compra do cidadão em mais de 180%.
Kitatas como NIURA LOPES, existem em todos os corredores indecentes do poder, quando ele é dirigido com a arrogância de propriedade e não de prestação de serviço público. E, logicamente, no Residencial do nosso Bairro Alto não é excepção.
Mas, por regra, até pelo nível da informação que é do domínio dos seus amantes, as kitatas dos corredores do poder são, geralmente, kitatas muito bem informadas. Não é o caso da kitata NIURA LOPES, que se resume a troca de serviços, de orgasmos e de preliminares o quanto basta. Por isso, não percebeu dos seus amantes um princípio básico de quem não pretende deixar o poder, mesmo perdendo eleições: a interpretação do conteúdo da Constituição em Angola, só tem sido feita num sentido e para benefício de apenas duas instituições: o partido no poder e a Presidência da República.
Por regra, a vida das kitatas não é fácil, porque uns bem mais cheirosos outros malcheirosos, os amantes não oferecem almoços gratuitos. Os múltiplos orgasmos traduzidos nesses textos encomendados com rótulos de que somos mercenários porque temos visão diferente, são enfim… uma obrigação das kitatas ao serviço do poder, como essa ou esse NIURA LOPES, que tem que justificar a sua fidelidade à quem lhe paga as despesas. Porque ser kitata, exige boa apresentação e o luxo tem custo e esse custo resume-se à troca de suores.
Mas nessa relação libidinosa, os amantes das kitatas não lhes dizem tudo, porque elas podem não ter nível para entender certas coisas, principalmente que envolvem a sujeira da nossa política.
É o caso da kitata NIURA LOPES. Na defesa que faz ao ‘nosso Deus’ por sabiamente ter conseguido entrar e sentar-se na Sala Oval para um encontro com um presidente americano, confundiu investimento (que pressupõe risco) com financiamento.
A kitata instalada no Residencial do nosso Bairro Alto, e quem sabe se até o amante com quem chegou ao orgasmo, não percebe que não há praticamente investimento realizado pelos Estados Unidos da América em Angola no decorrer desses 30 anos de relações, mas sim, financiamentos (empréstimos), que servem, maioritariamente, às suas empresas que operam ou vão operar em Angola. Até pode parecer a mesma coisa, mas quem entende dessas coisas sabe que não é. Sabe que até aqui e como sempre, os americanos, sem contemplações, não estão preocupados em ser bons samaritanos para Angola e para com os angolanos, mas com o que podem tirar para beneficio da sua economia e dos seus interesses geopolíticos ou geoestratégicos. Eles não escondem. São pragmáticos. O Presidente JLO e a sua máquina de propaganda até estão a ajudar os americanos, à custo zero, a introduzir-nos o supositório.
Para Angola, o êxito dessa viagem, excessivamente publicitada, continuará a ser igual a zero se o Presidente João Lourenço regressar sem garantias de que o acesso aos dólares foi liberado, e se a administração americana não conceder um empréstimo substancial directo, para aliviar o sufoco à que estão submetidas as finanças e os programas de investimento públicos. Tudo o resto já está em marcha a favor dos americanos.
O que a kitata instalada no Residencial do nosso Bairro Alto (a tal ou o tal NIURA LOPES) também não sabe, porque o seu amante não lhe disse, é que, até agora, JLO já deu aos americanos um bom filé mingon e em troca só recebeu restos de espinhas. Angola, por desejo do poder angolano, está sim aberta ao investimento americano. Mas isso não significa que os americanos virão para Angola a correr trazendo malas cheias de dólares, até porque as reformas para criar esse ambiente de negócios, dependem de muitos factores que até para os empresários e demais cidadãos angolanos, ainda estão demasiado longe e são complicados porque passam pela completa reforma do Estado. E João Lourenço que no primeiro mandato iniciou determinado a fazê-la, já se perdeu, já se acomodou e foi bloqueado pelo Sistema do qual sempre fez parte.
Por outro lado, um sinal de que as coisas não são tão fáceis assim nem estão tão bem como se pinta, é que, apesar de decorridos 30 anos de relacionamento, da existência de embaixadas nas duas capitais, para conseguir esse encontro a Presidência de Angola forçou a barra, contratando e pagando a intervenção de lobistas. Por si só, esse é um sinal que nos parece claro, de que a relação que Washington privilegia não é com o poder angolano que tem atrás de si um partido como o MPLA, mas sim com o potencial que pode ser explorado em favor dos EUA. E esses compromissos assumidos, a partir de agora, são para ser cumpridos sob pena de se pagar um preço extremamente elevado.
Mas não é que uma vez mais bateu a porta o “Azar da Belita”?!? Henry Kissinger tinha que morrer logo hoje, dia da audiência na tal Sala Oval? Para as grandes cadeias de comunicação, JLO não é noticia. Até mesmo nós angolanos, já estamos saturados com tanta injecção dos benefícios da cooperação com os EUA, como se eles fossem a chave para a solução de todos os nossos problemas, o que não é verdade. E o tempo dirá!
Para terminar, peço ao meu amigo Mariano de Almeida, que decifre para os nossos leitores, com todos os molhos, o que é uma kitata, como NIURA LOPES, que se instalou no Residencial mais nobre do nosso Bairro Alto.