QUANDO É QUE O EXÉRCITO VAI DEFENDER AS NOSSAS FRONTEIRAS?

Para termos a noção da gravidade do que aqui referimos, o número de garimpeiros estrangeiros ilegais que operam em Angola são mais ou menos 1 milhão, acompanhados das suas dragas, mais do que a população de Cabo Verde, por exemplo, que tem apenas 581.449 mil habitantes, ou de São Tomé, que só tem 237.629 (menos os dirigentes que estão no Executivo angolano).

MARIA LUÍSA ABRANTES 

De acordo com a Rádio Mais, (órgão de comunicação do Estado) e o RADAR, o Executivo anunciou que existem mais de 1 milhão de garimpeiros ilegais, sendo a maioria estrangeiros, a explorar/roubar (palavras minhas), as riquezas pertencentes aos angolanas. Digo roubar, porque os referidos exploradores estrangeiros não têm licença de exploração e a maioria deles até está ilegal no país. 

Há ainda cidadãos estrangeiros africanos vulgo “mamadus”, que iniciam uma mini-actividade comercial, não pagando impostos e não entendo porquê, mas o seu objectivo principal, é a troca e a compra ilegal de diamantes, mercúrio e ouro. Fazem sair estes recursos minerais ao longo das mesmas fronteiras por onde entraram e até de avião. 

A notícia é a reprodução de uma comunicação recente do secretário de Estado para os Recursos Minerais, Jânio Correia Victor, durante a sessão Parlamentar da Assembleia Nacional, que discutiu e aprovou na generalidade, a proposta de Lei de  Combate à Actividade Minreira ilegal, no dia 21/3/2024. 

Sendo a melhoria da legislação sobre a matéria uma mais valia, se não se consegue fiscalizar as leis existentes e agir em conformidade, como irão fiscalizar e fazer cumprir a nova legislação, se quem executa são os mesmos? 

Com que fiscais de fronteira, com que fiscais de comércio e com que defesa nas fronteiras? 

Pretender-se-á continuar a defender as nossas fronteiras só com a Polícia que ganha mal? 

Onde está o nosso exército num período sem guerra? 

Eles que venham proteger as nossas fronteiras por terra e por mar. Os barcos com imigrantes já chegam à Barra do Kwanza. 

A maioria dos militares, tal como os polícias, deixarem até de se exercitar, porque alguns dos chefes estão mais preocupados com os negócios. Os militares e polícias estão sem músculos como se já fossem idosos, porque passam fome,  enquanto alguns chefes com mais sorte e alguns oficiais da UGT estão a criar barriga. 

Dos magistrados já nem se comenta. Lutam apenas por mais mordomias e maior salário. Porquê?

Segundo as teorias de defesa dos mesmos, têm de ganhar bem para não ser corrompidos. 

Será que os contribuintes devem pagar a mais para que os magistrados não caiam em tentação? 

Quem tem instintos para enriquecer sem causa, nunca deveria seguir a carreira na Magistratura, nem na Polícia. Isso não existe em mais nenhuma parte no mundo desenvolvido. 

Onde é que já se viu os magistrados ficarem com 10% (nem que fosse 0,01%), do que for apreendido, para benefício da classe? Só em Angola. 

Se o exército não tiver treinamento contínuo e melhores condições salariais e não for posto ao longo das fronteiras de Angola, para a defender, vamos continuar a deixar invadir silenciosamente o nosso país. Vamos deixar roubar os nossos recursos naturais e pior ainda, compactuar com a  mudança dos nossos hábitos e costumes, com a conversa que os povos do norte de Angola e da RDC são um só, com os mesmos costumes, o que é mentira, porque a forma de colonização influiu na diferença. Até os congoleses do Congo Brazzaville, tem um comportamento diferente dos congoleses da RDC. 

Para pioriar a situação, para além dos congoleses da RDC, a maioria dos invasores africanos são de países de religião muçulmana e podem ter pelo menos 4 mulheres. Angola já aparece nas estáticas como o país de maior natalidade em África por causa dos mamadous, ainda que os angolanos não raras vezes tenham duas (ou mais) mulheres. 

Se nem para os cerca de 10 milhões de habitantes que o colono deixou (ficamos cerca de 9.600.000 habitantes em 1975), tínhamos escolas e assistência médica, o que faremos com mais de 37 milhões de habitantes, fruto da invasão silenciosa conivente por má gestão? 

Haveria ainda a possibilidade de existir interesses inconfessos de alguns hoje dirigentes, provenientes da FNLA, que dizem que são angolanos, mas nunca enterram nenhum membro da sua família em Angola, só na RDC. 

Para termos a noção da gravidade do que aqui referimos, o número de garimpeiros estrangeiros ilegais que operam em Angola são mais ou menos 1 milhão, acompanhados das suas dragas, mais do que a população de Cabo Verde, por exemplo, que tem apenas 581.449 mil habitantes, ou de São Tomé, que só tem 237.629 (menos os dirigentes que estão no Executivo angolano).

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