GRUPO CARRINHO ABRAÇA IGREJAS COM PROJECTO PARA REDUÇÃO DA FOME

Começou a doar à instituições religiosas produtos manufacturados pelas suas unidades fabris, que por inconformidades estética não têm sido colocados no mercado. Mas também aqueles que estejam à três meses de atingir a data de caducidade, porque não representam qualquer perigo para a saúde de quem os consumir. O objectivo é contribuir para a redução da fome das populações mais carentes

A decisão enquadra-se no âmbito das suas responsabilidades sociais, e porque a família proprietária do Grupo entende que, havendo tantos cidadãos com necessidades extremas de alimentos, não se justifica que não se faça o aproveitamento desses produtos ou se deixe que atinjam o estado impróprio para consumo humano, para depois os levar a destruição.

A primeira acção solidária desse projecto de contribuição para redução da fome, foi consumada com a entrega, na passada quarta-feira (21) de 900 toneladas de feijão à Igreja Evangélica Congregacional em Angola (IECA), para atender as regiões Centro e Sul (Benguela, Huambo e Bié). Seguir-se-ão outras, que contemplarão as populações do Norte e do Leste, por via da mesma relação, que está a ser estabelecida por via de parcerias com as igrejas Católica, Metodista, Adventista, Baptista bem como com outras denominações tradicionais de Angola, ao abrigo de um processo integrador em que se pretende congregar as que estão directamente envolvidas em intervenções comunitárias.

O local que serviu de palco foram as instalações fabris do Parque Industrial da Taka, e foi receptora a Igreja Evangélica Congregacional em Angola (IECA), ao abrigo de um protocolo rubricado por Samuel Candundo, administrador não executivo em representação do Grupo Carrinho, e pelo reverendo André Cangove Eurico, secretário-geral daquela instituição. 

Samuel Candundo referiu na ocasião, que essa iniciativa se prende, sobretudo, com a sensibilidade dos membros da família Carinho, “que tiveram como ponto de partida a comida”. Logo, disse ainda, não faz sentido descartar ou proceder a destruição de bens alimentares que, apesar de algumas inconformidades decorrentes do processo de produção, ou por aproximação da data de caducidade, se consumidos, não representam qualquer risco para a saúde e num país onde há dificuldades e fome.

Não achamos que seja correcto, vincou Samuel Candundo, pelo que, a família Carrinho decidiu estabelecer parcerias com várias instituições religiosas, começando pelas que têm representação nas províncias de Benguela, Huambo e Bié, com suporte inicial da IECA,  para fazer a distribuição desses produtos as pessoas necessitadas. 

Samuel Candundo clarificou que “de agora em diante, todos os produtos manufacturados e comercializados pelas diferentes unidades de retalho do Grupo Carrinho, que estiverem à três meses do prazo de caducidade, serão retirados e entregues à instituições religiosas para assistência à pessoas mais carenciadas”. 

Para além do feijão, de acordo com Samuel Candundo, as doações contemplarão o arroz, a fuba, o óleo, mas também outros da diversificada cadeia de produção do Grupo Carrinho que estiverem nessa condição, como massas alimentícias, bolachas, farinha de trigo e outros. “Nós não vamos deixar que atinjam os prazos limites de consumo. Vamos trabalhar no sentido de que haja aproveitamento, e que esses produtos sejam entregues às pessoas que necessitam” – disse o administrador não executivo da Carrinho.

Para o secretário-geral da IECA, reverendo André Cangove Eurico – que agradeceu o gesto da família Carrinho – “o combate a pobreza não deve ser só uma responsabilidade do Estado, mas também de todas as instituições que existem dentro deste país, incluindo mesmo a própria comunidade civil, que realmente deve participar neste processo”.

O reverendo André Cangove Eurico considerou essa decisão da família Carrinho, como o assumir de uma responsabilidade nacional enquadrada no que Jesus Cristo disse, “…. Dai a essas pessoas vós mesmo de comer”, reiterando a disponibilidade da IECA em participar neste projeto. 

“É tempo de pensar, que embora a empresa Carrinho tenha esta dimensão, outras empresas devem também participar neste processo”, concluiu o reverendo. 

De acordo com informação prestada pelo Grupo Carrinho, seguir-se-ão em breve a assinatura de outros protocolos idênticos, com outras confissões religiosas.

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