Já muito escrevi sobre o investimento directo estrangeiro, que nada tem a ver com finaciamentos (empréstimos), com que a Odebrecht e os DDT (Donos Disto Tudo) constituíram a BIOCOM, etc., sugando os escassos recursos do petróleo.
A nível interno nunca me deram ouvidos, nem tendo à disposição dos leitores o livro de Direito Comparado sobre a matéria “Breve Reflexão sobre o Investimento PRIVADO”.
No livro abordo vários temas, desde a questão do marketing, (que começa mesmo nos aeroportos), sobre os pontos de estrangulamento, a começar pela coluna vertebral do país, que inclui as infraestruturas básicas,(estradas, primárias e secundárias, pontes, portos, aeroportos, caminhos-de-ferro, produção de água potável, energia), saneamento básico, formação de quadros, conservação e aproveitamento da natureza, (Angola possui 12% dos recursos hídricos de África, tem parte da 2.ª maior floresta do mudo e a par da Namíbia, tinha a 2.ª maior reserva piscatória do mundo), entre outros.
Não vejo o motivo do ataque tão violento contra o sr. Cléber Correia, empresário brasileiro residente em Angola com ligação ao sector imobiliário, que segundo as redes sociais, foi obrigado a pedir desculpa para não correr o risco de ser expulso, não sabemos porquê, na sequência de criticas que dirigiu ao Governo, no decorrer de um debate de uma televisão nacional, sobre os diferentes factores internos que condicionam o interesse dos investidores estrangeiros em virem aplicar os seus recursos. Ele pediu desculpa se feriu alguém, dizendo que não tinha essa intenção, mas não se vergou, porque não me pareceu ter retirado o que disse.
Ainda duvidei, que o sr. Cléber tivesse de facto sido ameaçado institucionalmente. Porém, já não me admiraria que fosse verdade, depois de ler um manuscrito patético e estérico, que não sei se não será “fake”, assinada pelo assessor de Imprensa do Presidente da República, Luís Fernando, que circula pelas redes sociais. Na peça, supostamente (se não for fake), Luís Fernando desanca sobre jornalistas conceituados, chegando ao ponto de respingar sobre o Presidente Lula, ao assumir que este seria influenciável, escrevendo no título do seu manuscrito que “Lula é vítima da incapacidade interpretativa de ressabiados angolanos”. Se esse texto é mesmo da autoria de Luís Fernando, tem o efeito de mais um “tiro no pé” disparado por um assessor do Presidente.
Que vergonha!