É muito difícil entender, como é que um país com cerca de 105 milhões de habitantes, se deixa invadir e ocupar 3 cidades importantes. É muito estranho, quando o Ruanda tem apenas uma população de cerca de 15 milhões de habitantes, cerca de 7,66% da população da RDC.

A força de um povo é testada quando o país está em perigo. Quem lutou para colocar o MPLA no poder em 1975?
– Foi o povo (o mesmo que votou para que o MPLA perdesse as eleições em Luanda e, de acordo com os dados da UNITA no país). Não foram a meia dúzia de guerrilheiros divididos. Os voluntários que se alistaram nas FAPLA em 1974, a excepção dos que saíram das Forças Armadas portuguesas, foram um fiasco. Direcionavam os “monakaxitos” para um lado, o tiro saia num outro, por falta de quem tivesse conhecimento de cálculo.
Foi mais fácil ser comissario político de analfabetos. Hoje são todos generais, fossem chefes, ou subordinados. Que o diga o Bento Kangamba, entre outros. Só temos de agradecer aos militares cubanos.
Os israelitas quer queiramos ou não, independentemente do que fazem aos palestinos, sempre que o país está em perigo, estejam em que país estiverem, tenham a idade e os cargos que tiveram, largam tudo e entram no país, para o defender com armas mão. Em Angola já lutamos com catanas, paus, pedras e as crianças lutavam fazendo e atirando bombas “molotov”. De que é que os zairenses estão à espera? Que os cidadãos dos países vizinhos vão morrer por eles?
A verdade, é que os zairenses que se dizem angolanos são espertos, mas são relaxados e medrosos. Fugiram das FAPLA durante o período de guerra e da tropa obrigatória, que era até para mulheres. Só conheci 3 (três) angolanos nascidos na RDC que foram FAPLA, nomeadamente, o então comandante Mawete João Baptista, o Alegria, (depois foi para o Ministério do Interior) e o Atandele (da Força Aérea, no tempo do comandante Dimbondwa). Tenho conhecimento, que o cantor Sam Mangwana tinha-se inscrito nas FAPLA, mas pouco tempo depois abandonou. Esses são os verdadeiros angolanos.
Os zairenses como são “debrouillard” (engenhosos/furões), começaram por oferecer-se à Segurança de Estado, para trabalhar como “bufos” desfardados, no seio de zairenses e dos membros da FNLA, passando de repente a oficias superiores com farda. Até o ex-chefe de Estado temia a segurança do MPLA, que em vão desmantelou no papel, que já vinha dos tempos do maquiavélico e intriguista comandante Toka. Os zairenses bufos, apoiaram-se os nos ex-comandantes da FNLA Ludy Kissassunda e Margoso, entre outros da comunidade, cujo chefe era o sindicalista Pascale Luvualu. Outros, que também nunca foram para a tropa, mas para os cargos estão na dianteira, são os são-tomenses. Quem lutou ao nosso lado, foram os cabo-verdianos residentes. Esses nunca fugiram de ninguém e muito menos do trabalho.
Sinceramente, é muito difícil de entender, como é que um país com cerca de 105 milhões de habitantes, se deixa invadir a céu aberto e ocupar 3 cidades importantes, nomeadamente, a cidade de Goma, na província do Norte Kivu, no passado dia 27/1, a cidade mineira de Nyabibwe, na província do Kivu do Sul, no dia 5/2 e Bukavu, no dia 14/2. É muito estranho, quando o Ruanda tem apenas uma população de cerca de 15 milhões de habitantes. Isto é, o Ruanda só tem cerca de 7,66% da população da RDC.
Angola tinha 10 milhões de habitantes, entre os quais, cerca de 400 mil abandonaram o país, (na altura da independência por causa da luta entre os angolanos). Hoje, Angola tem cerca de 40 milhões de habitantes, sendo considerado dos países africanos, com o maior índice de crescimento populacional anual.
Quer dizer, que Angola só tinha cerca de 9,6 milhões de habitantes, quando os zairenses começaram a invadir-nos. Atrás deles, vieram as suas carraças, que são os comerciantes fubeiros libaneses e atrás destes, com o beneplácito do Maitre Bay que só fez intrigas, (a quem o Governo deixou construir mesquita, deu bolsas de estudos e arranjou emprego aos filhos), vieram os malianos iletrados (mas sabem fazer contas). Os malianos, já comandam o sistema financeiro angolano, com o apoio dos libaneses e os eritreus atrasados (por estratégia religiosa), que encontraram o apoio de dirigentes do regime, também saídos da miséria, pelo que estão a estranhar.
Em resumo, os zairenses só nos trouxeram péssimos hábitos e por arrasto, vieram os outros escroques da sociedade, que se colaram aos parasitas que aqui encontraram. É só ir ao Google e ver o PIB do Líbano, do Mali e da Eritreia. Bem dizia o meu pai e repito “é dar pérolas a porcos”.
Com a idade a passar é muito frustrante ver isso. Por melhor comida que coma, por melhor roupa que vista, porque graças a Deus faço consultoria a nível internacional, não posso sentir-me bem.
Como poderei estar em paz, se me deparo diariamente com os verdadeiros angolanos a comer nos contentores, os aldeãos e crianças rotas, sujas e famintas, bons quadros jovens e mais-velhos desempregados ou sub-empregados. Enquanto isso, esses estrangeiros (hoje muitos são angolanos), ligados a pessoas do regime no poder, que vieram com uma mão a frente e uma mão atrás, estão na maior, servindo de mulas e de testas de ferro estão milionários e bilionários. Em troca dos diamantes, de ouro e mercúrio que levam, só deixam lixo que não limpam, não queimam, nem enterram, vendem no meio da linha férrea, matam os macaquinhos, que exibem ao longo de estradas e traficam órgãos humanos.
O meu falecido irmão, Antônio Manuel Abrantes Júnior, ficou anos suspenso da Polícia Económica, porque denunciou libaneses no processo dos “trilhões” como foi conhecido. Os protetores dos libaneses, ligados ao Comando Provincial da Polícia de Luanda e do Ministério do Interior, fizeram-lhe a vida amarga até falecer. Quem não sabe que saiem divisas dos bancos, para os malianos venderem e que também saiem em contentores com os libaneses e não só?
A maioria dos zairenses residentes em Angola, que nos invadem diariamente, já tem documentação com a nacionalidade angolana e devem ser provavelmente mais de que os cidadãos angolanos. Isso, porque possuem documentação verdadeira, emitida com dados fraudulentos, documentos falsificados, testemunhos de sobas corruptos devido a miséria, mas são válidos legalmente, porque tem apostos os selos brancos oficiais.
Esses documentos são emitidos por gente corrupta, que sai mesmo dos Serviços de Identificação e dos Serviços de Emigração, para fazer os documentos em qualquer muceque, ou sanzala (basta pagar) e o Ministro da Justiça pouco faz. Quando é abordado pela imprensa, os seus discursos improvisados saiem sempre mal. Não se pode confundir boas notas na Faculdade, com maior ou menor inteligência, porque há alunos ” marrões”. O importante é a experiência de trabalho e de vida, que não deveria começar pelo topo.
Nos SME, no tempo de José Eduardo dos Santos foi realizada uma “limpeza”, com muitos presos, tal como na AGT. No actual Executivo, o chefe da Segurança Interna, foi buscar novamente a Sra Quina, que esteve na cadeia, bem presa, por ter defraudado comprovadamente o Estado, entre outros. O que esperaríamos com essa medida ?
O pior, é que quando os supostos angolanos de origem zairense usam o passaporte angolano para emigrar, mas como tem muitos maus hábitos e costumes, só sujam o nosso nome. Já sujaram o nome dos angolanos em toda a Europa, no Brasil e na África do Sul.
Seria bom, que o ministro da Justiça conhecesse todos os Serviços de Identificação da província de Luanda, o seu funcionamento, formação dos trabalhadores e condições de trabalho. O ideal, seria conhecer o funcionamento dos referidos Serviços, das 18 províncias do país, até então existentes.
Certa vez, um familiar meu, que foi refugiado na RDC, disse-me, que os verdadeiros angolanos eram muito maltratados naquele país vizinho. Na ocasião, ele ia apresentar condolências, a um membro do Executivo, nascido na RDC, que como a maioria dos “angolanos” nascidos naquele país, dizia que os pais eram angolanos. Nesse dia, esse meu familiar fez-me a seguinte pergunta:
– Não achas estranho, que a maioria dos “angolanos” nascidos na RDC, que são membros do Executivo, do Parlamento, ou membros de Conselhos de Administração, vão quase sempre enterrar a família directa no Congo ( RDC )? Não deveria ser o contrário?
Isso fez-me reflectir sobre o assunto.
Esse meu familiar também contou, que os refugiados angolanos na RDC, lá, tinham de morar no subúrbio. Não tinham autorização para morar, nem estudar na cidade. Disse ainda, que os zairenses insultavam os angolanos, dizendo que “vieram da terra deles com o cadeado na boca” .
Chegados a Angola, os zairenses, enquanto a maioria dos angolanos com educação, (herdada dos portugueses, com quem se misturaram nos bancos da escola), aguardavam que o Estado distribuísse as casas, invadiram e ocuparam os prédios da Mutamba, do Prenda, da Avenida dos Combatentes, da Avenida Brasil, as casas da Vila Alice e da parte inicial do Alvalade, a partir da rua Cabral Moncada, da Terra Nova e do Bairro da Cuca. Digo isso, porque o meu pai pediu reforma antecipada, do cargo de diretor da Habitação (passou de cavalo para burro), porque não aguentou ver tanta “bandalha”, sob os auspícios de um Secretário de Estado analfabeto (a alfabetização termina com a 5.ª classe), como o Sr. Diandengue (Lourenço Ferreira) e seus colaboradores de rua.
É chegada a hora dos zairenses (congoleses da RDC), levantarem-se e ir lutar para defender o vosso país, estejam onde estiverem e Angola está perto. São cerca de 50 minutos de Luanda a Kinshasa de avião. Deixem de ser furões, aproveitadores e assassinos escondidos, matando porque acreditam na feitiçaria, ou visando a obtenção de órgãos humanos para venda.