SAÚDE PÚBLICA EVOLUI NAS CIRURGIAS PEDIÁTRICAS

Complexo Hospitalar Cardeal Dom Alexandre do Nascimento afirma-se como um centro de excelência no tratamento de doenças cardíacas e pulmonares, mas também como um modelo de referência na formação de profissionais de saúde.

O Complexo Hospitalar Cardeal Dom Alexandre do Nascimento já realizou mais de 1.600 cirurgias de coração aberto em adultos, além de inúmeras intervenções de menor complexidade, como implantes de pacemakers e cateterismos cardíacos. E, actualmente, os seus técnicos de saúde realizam também cirurgias pediátricas e intervenções por cateterismo, o que está a ser considerado como um avanço notável, que reforça a autonomia nacional no tratamento de patologias cardíacas complexas.

Os dados foram anunciados pela ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, quando, na quarta-feira (17 de Setembro) se deslocou ao Complexo Hospitalar de Doenças Cardiopulmonares do Hospitalar Cardeal Dom Alexandre do Nascimento, para testemunhar os avanços “históricos” em cirurgias de cateterismo cardíaco pediátrico, realizados pela primeira vez no sector público.

Desde o início da campanha, na passada segunda-feira (15 de Setembro), até quarta-feira (17), foram já realizadas 11 intervenções em crianças, das quais 4 cateterismos, 1 intervenção cardíaca nesse mesmo dia, 6 intervenções adicionais, realizadas durante a semana. No total, estão previstas 19 cirurgias e procedimentos pediátricos até ao final da campanha, um número que confirma o sucesso da iniciativa e o empenho das equipas envolvidas.

Com esta nova fase de desempenho, o Complexo Hospitalar Cardeal Dom Alexandre do Nascimento afirma-se não só como um centro de excelência no tratamento de doenças cardíacas e pulmonares, mas também como um modelo de referência na formação de profissionais de saúde, assumindo-se como pilar do futuro da medicina em Angola.

Por esse facto, a ministra Sílvia Lutucuta considerou na ocasião, que o sector que lidera está “a fazer história em Angola”, revelando, no entanto, que esta acção constitui apenas o início, já que está “em curso um plano ambicioso de formação, com o objectivo de capacitar 38.000 profissionais de saúde nos próximos cinco anos, apoiado por um investimento robusto em infra-estruturas e capital humano”.

Dando conta do histórico desse quadro de competência clínica, Sílvia Lutucuta referiu que “até recentemente, a única solução para muitos pacientes com doenças cardíacas graves, era a evacuação médica para o exterior”. No entanto, como consequência dessa visão estratégica do Executivo no quadro do compromisso com a melhoria do sector da saúde, assegurou que “hoje Angola dispõe de um centro de referência nacional para o tratamento de doenças pulmonares e cardíacas”.

A ministra da Saúde fez igualmente referência a iniciativas anteriores, como as tentativas de implementação de programas de cardiologia no Hospital Josina Machel, com apoio de uma equipa brasileira, bem como projectos desenvolvidos pela Sonangol e pelo Hospital da Cruz Vermelha de Portugal. Contudo, disse, foi com a criação do CHDCP que se deu uma verdadeira viragem na história da medicina angolana.

Sílvia Lutucuta deu conta que se está “a formar médicos e profissionais de saúde angolanos que não só estão tecnicamente capacitados, como também empenhados em responder com qualidade aos desafios do Sistema Nacional de Saúde”, destacando que constitui um marco importante e simbólico para os 50 anos do nosso sector.  E garantiu que “as equipas técnicas evoluem constantemente, beneficiando da cooperação com instituições internacionais”.

Sílvia Lutucuta enalteceu o desempenho das equipas médicas envolvidas, e destacou particularmente as médicas e médicos Glória Mawete, Gade Miguel, Lúcia Dongala, Joseneidy Carvalho, Mário Alfredo, Belmira Luís, Elísio Jinga, Eliseu Ferreira, Rosa Marques e Francisca da Costa, porque, como considerou, “estão a fazer história na cirurgia cardíaca pediátrica em Angola”.

“Temos orgulho nos avanços que estamos a alcançar. As nossas equipas estão cada vez mais autónomas, bem preparadas e com uma forte vontade de continuar a aprender. Estamos num processo contínuo de crescimento técnico e científico, em que a troca de experiências com parceiros internacionais tem sido um factor, chave para o aperfeiçoamento da nossa performance” – enalteceu Sílvia Lutucuta.

Mas, a todos os profissionais de saúde, incentivou a continuarem a “inovar e a cooperar com outras entidades de saúde congéneres”, tendo em conta que, “só através da colaboração contínua será possível elevar a qualidade dos cuidados prestados à população, especialmente àqueles que sofrem de doenças cardíacas”.

Nesta deslocação à referida unidade, a ministra da Saúde foi acompanhada pelo secretário de Estado para a Área Hospitalar, Leonardo Inocêncio, pelo director-geral do Complexo Hospitalar, Carlos Masseca, pelo coordenador e gestor Técnico do Projecto de Formação dos Recursos Humanos da Saúde, Job Monteiro, bem como por outros membros da equipa médica da unidade. Durante a visita, acompanhou pacientes em fase de recuperação pós-operatória e presenciou algumas das intervenções realizadas.

A propósito do Dia Mundial do Coração, que se assinala a 25 de Setembro, Sílvia Lutucuta especializada no ramo da Cardiologia, recomendou a necessidade de se observar práticas e cuidados acrescidos com o coração. “A hipertensão arterial continua a ser um problema sério em Angola, e é fundamental estarmos atentos à nossa alimentação e aos factores de risco, como o consumo excessivo de sal, de gorduras e de bebidas alcoólicas” – alertou.

Fonte: MINSA

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