RECADOS DE…
“Nenhuma sociedade que esquece a arte de questionar pode esperar encontrar respostas para os problemas que a afligem”.
Zygmunt Bauman
Esta reflexão de Zygmunt Bauman (1925-2017, sociólogo e filósofo polonês) chama a atenção para os seguintes aspectos:
• A importância do questionamento crítico como ferramenta para a resolução de problemas sociais;
• A capacidade de questionar, analisar e buscar novas perspectivas como fundamental para a compreensão e superação dos desafios enfrentados por uma sociedade;
• O risco de aceitar passivamente as informações, normas e estruturas, abandonando a prática crítica essencial para o avanço social;
Questionar é o motor das transformações, e sem ele, estagnamos diante de injustiças e crises, perpetuando a ignorância em vez de superá-la. Quando não se questiona, não existe resposta!
Uma sociedade que deixa de questionar, torna-se susceptível a aceitar soluções superficiais, ou dogmas, sem uma análise crítica, o que pode agravar os problemas existentes e inviabilizar o encontro de soluções eficazes.
E isto porque o questionamento é que permite:
• Identificar as causas dos problemas: identificar suas raízes e, assim, conceber soluções eficazes;
• Analisar diferentes perspectivas: a análise de diferentes pontos de vista sobre um mesmo problema, o que pode levar a soluções mais abrangentes e inovadoras;
• Inovar e criar novas soluções: questionar e desafiar o status quo, o que é fundamental para o desenvolvimento de novas ideias e soluções criativas para os problemas sociais.
Esta reflexão de Bauman recorda-nos que o questionamento crítico é um elemento essencial para o progresso e a superação dos desafios de qualquer sociedade. É através da prática constante do questionamento que as sociedades podem encontrar respostas para seus problemas e construir um futuro melhor.
Parece pacífico afirmar que ‘todos’ desejamos uma vida melhor. Mas como construir essa vida melhor, um futuro, se deixamos de nos colocar, e colocar aos demais em nosso redor, as famosas 5 questões: o quê, por quê, como, quando, com quem?
É o questionamento que impulsiona descobertas, revoluções e reformas; é ele que nos faz reinventar possibilidades e recusar ‘soluções prontas’ que não respondem às necessidades reais.
As sociedades que evoluem são as que valorizam a dúvida e a busca consciente, e criam espaços e condições para que isso aconteça. Pelo contrário, as que se acomodam tornam-se alvos fáceis de manipulações e simulacros.
Que haja Vontade para recuperar a Coragem de questionar, passo fundamental para encontrar os ‘tratamentos’ para curar as feridas sociais e trilhar novos caminhos de esperança.
Kandando daqui!
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